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Boletim NEEA-EJ: Conheça os riscos da ilusão visual


Uma das coisas mais difíceis no ser humano é reconhecer suas próprias limitações. Por mais que sejamos pilotos experientes e bem treinados, não estamos imunes a certas situações. Uma delas, e talvez uma das mais preocupantes para os aviadores, é a ilusão visual. Por isso o Núcleo de Ensinos e Estudos Avançados da EJ (NEEA-EJ), afim de estimular a busca pela melhoria contínua de nossos pilotos buscou conhecer quais são alguns dos mais importantes tipos de ilusão visual que podem afetar a segurança de nosso voo.

Esta traiçoeira situação é um risco presente em qualquer cockpit, independente das condições meteorológicas ou de teto e visibilidade. Isto porque nossos olhos nos enganam, bem como os sentidos. Em breve escreveremos sobre ilusões sensoriais, mas antes vamos entender o que os olhos veem e o corpo não sente.


Ilusão de Perspectiva Linear

Um piloto durante a final de uma aproximação visual, deve regular seu pitch para realizar uma rampa de planeio que o leve até a zona de toque (marca de mil pés sobre a pista). Até aqui sem novidades. Mas o que pode acontecer é que pistas com diferentes larguras ou slopes acentuados, tanto positivos como negativos, podem fazer com que os pilotos alterem sem perceber esta rampa de descida, seja aumentando ou diminuindo seu ângulo, ocasionando um hard landing, um deep landing ou mesmo um bounce landing.


Isso acontece porque os pilotos estão muitas vezes acostumados com a operação em determinados aeroportos, onde já se situaram com a altura do cockpit em relação ao solo e a largura da pista. Durante a aproximação recordam de uma imagem mental da relação esperada entre largura, comprimento e slope da pista, fazendo com que o hábito rotineiro o recompense com um hard (vulgo catrapo) ou deep landing.


Black Hole

Sabe tudo isso que falamos acima? Pois é pode piorar. Durante a noite em aproximações sem luar, sobre água ou terrenos inabitados, onde não haja referência de horizonte, o efeito anterior se agrava perigosamente. Os pilotos muitas vezes prosseguem confiando no ‘visual’ em vez de ‘croschecar’ os instrumentos e como resultado o piloto pode vivenciar um GPO ou glide path overestimation, sem sinais periféricos permitindo uma desorientação em relação à terra. Pode haver uma ilusão de que a pista está inclinada, alta ou baixa, o que ocasionará uma razão de descida agressiva para (erroneamente) ajustar uma aproximação ou muitas vezes aproxima em uma rampa bem abaixo do seguro. O principal risco envolvido é o CFIT, ou Controlled Flight Into Terrain.


Ilusão Autocinética


Esta ilusão pode ocorrer à noite sobre pistas com baixa condição visual. Ela dá ao piloto uma impressão de que um objeto fixo está se movendo na frente do avião. Ela é causada por ficar olhando para um único ponto fixo de luz sem referências fixas em um fundo totalmente escuro. O que acontece é que ela pode causar uma percepção equivocada de que esta luz está em rota de colisão com a aeronave.


Falsas Referências Visuais


Acontece quando o piloto orienta a aeronave em relação a um falso horizonte. Esta ilusão acontece principalmente quando se voa sobre um nevoeiro, que está sobre uma cidade, ou terreno iluminado a noite sem visibilidade de horizonte.


Ilusão Vetorial


Acontece principalmente durante o taxiamento da aeronave. Sabe quando você está no trânsito, ai o carro do lado começa a se movimentar e com sua visão periférica você acha que é você que está andando para trás? É a mesma ilusão.


Ilusão Ótica de Repetição


A cereja do bolo fica principalmente com helicópteros. Acontece quando a aeronave se move a abaixa altitude sobre uma superfície que tem um padrão de repetição regular, como por exemplo as ondulações na água. Os olhos do piloto podem interpretar mal a altitude, e advinha? Sim. CFIT.


Resumo da Ópera


Evitar as ilusões visuais é simples. Depende de poucas e singelas atitudes e mudanças de hábito. Tudo acima mencionado pode ser evitado simplesmente usando corretamente os instrumentos da sua aeronave, CRM e mantendo-os em dia. 


A EJ Escola de Aviação te prepara para o voo por instrumentos tendo como principal diferencial o uso da tecnologia glass cockpit, com o uso do C172 G1000. Nele você tem contato com as últimas tecnologias em pilotagem de aeronaves, como o RNAV (entenda). Um voo por instrumentos previne grande parte dos efeitos visuais mencionados acima, e ainda contribui para o próximo tópico, a ilusão sensorial.


Voe mais alto.

Publicado em 27/05/2019


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DOU 03/05/18
Homologação ANAC Número 051