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Ex-instrutor da EJ contratado pela Azul, César se lembra do exato dia em que se apaixonou por aviões


César Taveira, 34 anos, ex-instrutor da EJ e recentemente contratado para ser copiloto na Azul Linhas Aéreas, lembra exatamente o dia e horário em que seu fascínio por aviões foi despertado. Foi há pouco mais de 21 anos atrás, em 16 de janeiro de 2002, mais precisamente às 18 horas. No momento, o clima era de chuva.

Neste horário, César, então com 13 anos, acompanhado de sua mãe Isa, e suas duas irmãs, Isis e Paula, embarcavam em um ATR-42 da Pantanal Linhas Aéreas. A família de Franca estava prestes a decolar do aeroporto de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. O destino era o aeroporto de Guarulhos. Era a primeira vez que todos iriam voar e o começo de uma viagem de férias com destino à Bahia. "Era início da paixão", afirma César.

"Pousamos em Guarulhos com uma chuva torrencial, mas meus olhos brilhavam", conta.

A sequência do voo, para Salvador, foi em um Fokker 100 da extinta TAM. César deu sorte em encontrar uma tripulação entusiasmada em explicar o voo para um pré-adolescente. Os comissários o levaram até a cabine de comando. "Estávamos sobrevoando o través de Belo Horizonte, e quando fecho os olhos lembro daquele momento, das nuvens naquela noite cobrindo alguns pedaços da cidade", conta. "Me lembro até do cheiro da aeronave".

Após o encanto inicial, com o tempo, o sonho de adolescente ficou adormecido por dez anos. Na família, esporadicamente, quem falava de aviação era Hélio, o pai, um entusiasta de aeronaves. Hélio contava a história de quando novo, um avião da Força Aérea Brasileira jogou panfletos sobre Franca convidando jovens a se alistarem. "Minha avó, muito simples, moravam na roça, achou que era para irem lutar em caso de guerra e não deixou ele seguir carreira", relembra César.

Hélio também contava que quando tinha aproximadamente 30 anos, se matriculou no curso de piloto privado no Aeroclube de Franca. Mas ele não conseguiu finalizar. "A condição financeira e familiar não deixou que ele seguisse com o sonho", conta César.

Logo após terminar o ensino médio, César foi para os EUA estudar inglês. Lá ele arrumou trabalho em uma pizzaria para ajudar a pagar as contas. Na volta ao Brasil, entrou em um curso de direito na Universidade de Franca, mas logo viu que não era seu ramo. A aviação despertou novamente quando um amigo contou para César sobre EJ - Escola de Aeronáutica. E aos 23 anos, em 2012, ele se dirigiu para Itápolis para conhecer como era. "Ele me indicou a escola em uma quinta feira à noite e na sexta feira fui visitar", relembra. "Me encheu os olhos".

Já na segunda-feira seguinte, César já estava em sala de aula para o curso teórico de piloto privado, o primeiro curso para quem deseja seguir na aviação. Logo na sequência, iniciou os voos práticos. "Cada decolagem, pouso, eu tinha mais certeza", explica sobre seu início.

Mas nem tudo eram flores. Logo após o curso inicial de piloto privado, quem deseja se tornar profissional precisa fazer todas as especializações, como o curso de piloto comercial, voos por instrumentos, entre outros. É algo que exige esforço para uma família normal de classe média. A mãe, Isa, é professora de artes e Hélio é representante comercial. Entretanto, a família se reuniu, inclusive com a ajuda das duas irmãs, que já estavam estabilizadas em empregos públicos após serem aprovadas em concursos.

"Foi uma força conjunta da família toda. Meu pai pagou uma parte, outra minha mãe financiou no banco, depois minha irmã mais velha também pagou uma grande parte. Até hoje eu pago os cursos", conta.

No final de 2014, César terminou todas as habilitações, inclusive fez o curso que o preparou para se tornar instrutor de voo. Mas logo após formado, não havia vagas para instrutores nas unidades da EJ. Pelos três anos seguintes, César trabalhou com seu pai na representação de vendas aguardando uma vaga, até que em 2017, foi contratado como instrutor de voo pela EJ, primeiramente para atuar na unidade Itápolis, e posteriormente na unidade Jundiaí da escola.

Como instrutor, somou 1200 horas de voo e experiência de vida. "Foi essencial para a evolução do piloto que sou hoje. Aprendi muito dando instrução. Conheci pessoas de todas as classes sociais, ajudei muitos a se descobrirem na profissão. Todos meus alunos foram bons, alguns excelentes, e entre os que indiquei para dar instrução na EJ, um deles agora já está na Azul comigo", afirma.

Ao mesmo tempo que foi instrutor, César buscou fazer um curso superior para melhorar suas possibilidades de contratação. Ele se formou pela Uniube, de Uberaba, em Gestão de Recursos Humanos.

Há alguns meses, foi contratado pela Azul. Fez todo seu treinamento teórico, de simuladores e prático. Já é copiloto pleno de aeronaves Embraer, além dos modelos E2, de última geração. "É um mix de realização, comprometimento com a segurança e com nossos clientes. Cada um tem seu sonho. Nós pilotos somos veículos que encurtam distâncias dos sonhos das pessoas", afirma.

Hélio, o único que não foi na viagem para a Bahia devido a compromissos de trabalho, está animado para voar com o filho. Daquele voo, César guardou as passagens e uma embalagem de um lenço. "Aqueles bilhetes do primeiro voo em 2002 são incríveis, né?", pergunta César. Se for tradição familiar, seu Hélio provavelmente guardará alguma lembrança dos voos com o filho na Azul. Ele está animado para ir, afinal, voar é com ele mesmo. "Como ele mesmo diz, se realizou piloto em mim", afirma César.

"Realizar a paixão vale a pena", conclui.

Publicado em 23/08/2023


Vídeo: tour pelo campus itápolis

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    Mural Informativo


  • Plano de modernização: EJ incluirá painel Garmin G3X em 20 aeronaves da frota

    A EJ acaba de dar mais um grande passo visando a formação de alto nível, a revitalização da frota de aeronaves Cessna 152, modelo consagrado e amplamente utilizado na formação de pilotos em todo o mundo. O marco inaugural desse plano foi a entrega do PR-EJD, a primeira aeronave remotorizada e modernizada pela escola, incluindo o Garmin G3X. O projeto, que será executado ao longo de dois anos, prevê a revitalização de 20 aeronaves no total — 10 delas em 2025 e outras 10 em 2026. Cada aeronave passará por um processo completo de atualização, incluindo: -Remotorização, garantindo mais eficiência e confiabilidade operacional;-Atualização de painel, com a incorporação do moderno Garmin G3X, um dos sistemas mais avançados em aviônicos para aviação geral, oferecendo mais precisão, segurança e familiaridade com tecnologias atuais do mercado. -Reforma completa, com renovação do interior das aeronaves para maior conforto. A escolha pelo Cessna 152 como foco do projeto não é por acaso. Trata-se da aeronave de instrução mais aceita no mundo, reconhecida por sua estabilidade, robustez e excelente relação custo-benefício. Na EJ, ela desempenha um papel essencial na formação inicial de pilotos, e agora passa a oferecer ainda mais tecnologia e qualidade. Os alunos já poderão iniciar seus voos com as primeiras aeronaves revitalizadas antes da metade do ano de 2025. Além da grande aceitação da aeronave, a modernização dos Cessna 152 também tem como objetivo alinhar tecnologicamente esse modelo ao restante da frota da EJ, promovendo uma padronização dos recursos disponíveis aos alunos durante sua formação. A escola já conta com Cessna 172 equipados com o painel Garmin G1000 — referência em aviônicos na aviação geral — e com duas aeronaves Tecnam P92 Echo MkII, recentemente adquiridas, que também trazem recursos modernos e painéis digitais. Com isso, o aluno vivencia uma transição mais fluida entre as diferentes etapas do curso, desenvolvendo desde cedo familiaridade com sistemas embarcados atuais e tecnologias que encontrarão nas aeronaves profissionais ao longo da carreira. Um diferencial fundamental desta iniciativa é que toda a revitalização está sendo realizada pela equipe da EJ Manutenção de Aeronaves, dentro das instalações da própria escola. Isso permite controle total de qualidade e agilidade na entrega, graças à implantação de uma linha de produção própria dedicada ao projeto.Com essa modernização, a EJ reforça seu compromisso com o ensino de alto nível, alinhando seus cursos de piloto às exigências da aviação atual. O objetivo é garantir que os alunos tenham acesso a aeronaves cada vez mais modernas, seguras e tecnicamente atualizadas, refletindo o que encontrarão ao longo de suas carreiras.Mais do que uma atualização técnica, essa ação representa o investimento contínuo da maior escola de aviação da América Latina na excelência operacional e educacional.

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    No dia 26 de abril de 2025, o céu e a música se uniram em um espetáculo único: o Aero Music Festival, evento promovido pela EJ – Escola de Aviação, que reuniu grandes nomes da aviação brasileira para um dia inteiro de shows aéreos e musicais, sendo palco de um dos maiores show aéreos do Brasil. Durante todo o dia, o evento trouxe ao céu de Itápolis demonstrações técnicas de alto nível, com manobras executadas por grandes pilotos reconhecidos no cenário da aviação acrobática brasileira.Além disso, o festival também contou com a apresentação da Esquadrilha EJ, formada por pilotos da própria escola, que demonstraram entrosamento, disciplina e técnica em formação. A esquadrilha reforça a excelência operacional dos profissionais formados e atuantes na EJ, além de ser um exemplo claro da qualidade dos cursos de piloto oferecidos pela instituição. Os alunos da EJ também estiveram diretamente envolvidos no evento. Para quem está em processo de formação como piloto, essa vivência amplia a compreensão da rotina e das exigências do ambiente aeronáutico, conectando teoria e prática de forma autêntica. A EJ, reconhecida como a maior escola de aviação da América Latina, segue promovendo iniciativas que vão além da sala de aula. O AeroMusic reforça o nosso compromisso com a formação de pilotos, a valorização da aviação no Brasil e a criação de experiências significativas para nossos alunos e para a comunidade. Estamos ansiosos para promover o próximo evento em prol da aviação, até lá, seguimos com o nosso compromisso na formação de pilotos de alto nível.

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DOU 03/05/18
Homologação ANAC Número 051